Artífices e Arteiros: como as casas eram ornamentadas em tempos idos

        Para dar um colorido a mais nas casas as mulheres valiam-se de papel crepom. Com as mãos preparavam longas tiras que eram fixadas ao teto das residências. A função era dupla: a primeira de decoração e a segunda para inibir a circulação das moscas. Esse inseto era muito comum nas propriedades porque a criação de animais como bois e porcos se dava muito próximo das casas. À noite, especialmente, as moscas procuravam abrigo em espaços mais quentes. Não havia repelentes como os mata-insetos. Essas tiras atraiam as moscas, evitando que pousassem em alimentos, por exemplo. Esses foi um dos assuntos do Artífices e Arteiros do último dia 17 na Casa de Cultura Joaneta. Quem contou essa e outras histórias de algumas décadas atrás foram as senhoras Maria Regina Kuhn Diel, 63 anos, e Valesca Maldaner, de 76 anos, ambas moradoras de Joaneta. Alunos do quarto ano da Escola Santa Joana Francisca e do sétimo ano da Escola 25 de Julho acompanharam as explanações das senhoras. Na segunda parte da atividade Regina e Valesca ensinaram a fazer flores de papel. E cada aluno pode fazer a sua. Como João Metz, 09 anos. “Vou levar para minha mãe Daiane”, comentou, enquanto enrolava seu papel em um fio, tentando dar forma a sua flor. Para as duas “professoras” a felicidade em compartilhar esse conhecimento era visível. “Vivendo e aprendendo. Ensinamos, aprendemos, a vida é uma grande troca”, salientou Valesca. O Artífices e Arteiros: dobraduras de enfeites de salão e casa fez parte da programação mensal da Casa de Cultura. A próxima atividade será no dia 14 de junho, às 14h, com a Roda de Memória com a Família Werle. A coordenação é da professora Patrícia Rosina Stoffel Hansen.

Fotos Marco Dieder